28.12.09

Levo a impressão que já vou tarde embora
depois que lhe dei muito amor, minha paixão.

e esgotada minha admiração
chego a lamentar
de todas as maneiras provei-lhe o amor
sem respeito
com ardor
e palavras duras, torpes
com poemas doces.

25.12.09

sufoquei com minhas mãos os sonhos quando forcei contra meu rosto o travesseiro com seu cheiro. era tentativa para deixar de sentir você no ar. nos outros. em mim.
esse ano percebi que meu espirito natalino não anda nada animado, nem as gavetas consegui arrumar, nem os presentinhos originais me pintaram na imaginação, até meu pavê clássico ficou meio desandado... sem gosto.
o tempo não foi suficiente para escrever uma mensagem de natal (tradicional: paz, amor e sucesso; ou mesmo a combo: feliz natal e um próspero ano novo), de tabela minha única sms não conseguiu ser entregue e acabei enviando outra para um número de brasília,e a propósito não obtive resposta.


êta vontade de tudo fazer sem a possibilidade de nada sair do papel:
nem sentimento, nem planos.

19.12.09

eu me pergunto como pude chegar a investir tanto do meu tempo com meus desejos
são os mais simples [e por isso mesmo fáceis de tornarem-se tangíveis]

eu me pergunto porque cheguei ao ponto de pensar cinco minutos para decidir falar com um amigo e mais quinze para inventar uma boa frase - porque um oi não recebe resposta - e mesmo assim não obter sucesso na tentativa.

eu não consigo ignorar ninguém nem quando vejo o pouco caso alheio.




é claro que não há reposta pronta como lasanha da sadia.

13.12.09

questão de ordem...

é preciso e necessário.

porque, como sabe-se bem, insisto nos meus desejos e por alguns dias evito pensar que o tempo e a distancia serão responsáveis por tirá-lo de mim:
meu espaço não suporta mais o meu tamanho.

foi por isso que passando por aquela famarcia, verifiquei-me numa daquelas balanças completas que nos dizem tudo.

O resultado?!

A minha felicidade tem uma relação de proporção com meus planos futuros
[e talvez seja por isso que os anseios aumentaram 60%]
...eu quero paz e arroz
amor que é bom, vem depois...

12.12.09

Eu me perguntei dias a fio o por que da minha insatisfação. não seria uma resposta simples, creio. nem gostaria que fosse tão complexa. Lembro de quantas vezes dizia estar satisfeita quando acabava de comer, isso quando aos sete anos era falta de educação usar a palavra “cheia” (dona estelina me repreendia). Lamento mesmo por nos ultimos dias estar cheia. Isso porque dei a alguém a responsabilidade que não lhe cabia, pra reforçar minha culpa, esperei um carinho que só pode me dar alguém que um dia dizer adorar os meus olhos de cor comum, meu cabelo despenteado e achar graça da minha incapacidade de falar inglês, francês ou até mbyá.. Sei que tenho anos pela frente para isso ocorrer e não vale a pena impor a ninguém regras e condutas que me fariam feliz

Mas nem o telefone tocou, nem a caixa de e-mail apareceu o nome esperado, nem quando quebrei o silêncio a resposta foi imediata. É aí que vejo que não importa quantas palavras a gente usa, ou quantas frases rimadas e feitas com gosto seriam necessárias...
nada é necessário, nem pode ser paliativo contra o desgosto de não ser querido por alguém. Digo querido não da forma carnal que tantas vezes achei que seria suficiente, são os sentimentos os mais importantes... são os gestos de carinho e não o ritmo do sexo que fazem bem.

Levarei uns dias para centrar os pensamentos em mim, e isso pode ser que seja perceptivel nos textos que virão, contudo, por enquanto este espaço - mais usado como um campo de diálogo mudo - esconde muito sofrimento e de outra forma não dá pra ser.

Quem dera ser romantismo frouxo mas é apenas um nó na garganta, porque dói fingir não se importar. Como dizem as mais boas línguas: as prioridades são outras (ou deveriam ser).