9.5.08

Balanço [quase] geral

Esse mês produzi pouco e por isso me perguntei: o que aconteceu?
Foram tantas coisas: várias sensações, muitas decepções, recordes de conquistas, a dor da perda, as esquizites da paixão.
É cara, o mês não foi fácil, porém, não foi duro.
Percebi que a gente pode amadurecer rápido as vezes, se eu fosse descrever o que é esse processo talvez a analogia com uma escada servisse bem. Teria feito a proeza de subir os degraus de dois em dois, imitando aqueles caras grandes, de pernas enormes, que sobem as escadas do metrô tão rápido [sei que no fundo é inveja, afinal as minhas são tão pequenas...].
Me dei conta também que de vez em quando precisamos ser corajosas, precisamos nos impor, assumir nossos desejos, tentar satisfazê-los [a imaginação ajuda], mas também precisamos ser dóceis, falar manso, mostrar ou fingir uma sinceridade [como quando falar que não importa chorar quando estamos perdendo alguem, temos esse direito].
Minha avó nunca foi alguem que eu gostaria ser, nunca foi uma amiga, mas sempre me ditou as regras do jogo, me fez sentir responsável, me ensinou interpretar os papéis nos momentos certos, e dessa vez, como ela mesmo diz, ela "viu sua vó pela greta", e só dessa vez, desejei ser como ela, forte.
Não posso escrever todas as coisas com as quais estou envolvida, não posso descrever todas as sensações que me passam pelo corpo, que me arrepiam, me deixam sem fala, com olhos doloridos ou inchados, não posso nem ao menos supor que isso seja interessante para alguém, mas de uma forma ou de outra, eu sinto que eu "cresci", sinto que o tempo passou rápido mas o que me aconteceu também foi rápido, por tudo o que passei nesse espaço curto de dias, juro que não pensei que passaria.
Agora de noite, quando tudo está calmo, a gente escuta os ruidos, percebe as sutilezas da vida.

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