19.5.08

Queria escrever qualquer coisa que tivesse como título: "A outra". Pensei....

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A outra.

eu cuspi tudo em você, tenho consciência disso.
mas quero que você vá pro'inferno.
mande-se, mude-se, esqueça.
poxa está pensando o que?
vai arrumar outra que te queira mais, que seja puta o suficiente para aguentar isso.
não quero você. não desejo você. desajava outro que pensei ter conhecido, enquanto ainda não durmia com ela.
pensa que sou tão fria assim, sua mãe me disse tudo e não quero olhar-te mais. vai pro'inferno.
não preciso de você. não quero encontrar nem teus sapatos na porta que me deixavam sempre irritada. você me irrita, não eram os sapatos. mas sabe porque conclui isso somente agora? porque mulher é um bicho burro, igual homem, só é mais arrumada e limpinha.
eu tive que quebrar a cara para reconhecer, tive que perder anos da minha vida, tive que disfarçar as olheiras, as espinhas, tive que pintar meu cabelo, lembra teu merda, vc exigiu isso, exigiu, quem era você? vá embora e não olha pra cá, olha pra essa desgraçada que te pegou de mim, e me fez sentir desprezada, sem homem, sem prazer.


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A outra

Ele me emprestou a caneta, mas não foi aquela.
Aquela era preta, era fina, desenhava melhor as letras que ele queria.
Eu peguei essa. Essa que era azul, que falhava, que era cotidiana.
Então foi quando Aninha te pediu a caneta. Aquela foi a que você deu.
Eu fiquei com a outra.

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A outra

A metade da pessoas que eu conheço pertence ao mundo que não quero pertencer, daí me pergunto, e a outra metade tá em que mundo?

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