12.10.08

naquele caderno marrom anotei observações pertinentes,
coloquei em palavras sentimentos
inventei estórias aleatórias
e disse sobre você...

relendo aquele caderno marrom percebi uma coisa:
três meses pode sim fazer mudar um estilo
provocar arrepios
destruir idealizações

porque pode não concluir, armazenar, purificar a alma
ler escritos passados nos deixa a sensação de burrada feita, ou acerto bem acertado,
quem sabe algo mais, burrada acertada e não finalizada, eis aqui textos incompletos.


agosto/2008

como pode ser pensar e agir ao mesmo tempo. aposto, essa é uma indagação comum que disfarça o cálculo frio do desejo e congela a reflexão aparente que qualquer outro causa.
ultimamente sinto que as emoções me afloram do corpo; e isso mais que qualquer coisa - ou maior que eu - pode dispensar um tempo que seria melhor investido em outro contexto.
posso discutir política, ou qualquer assunto, porque sou boa nisso, sou boa da cabeça aos pés, posso não compreender um assunto e posso fingir entender ou fingir ignorância - só pra me fazer inocente, pronta a escutar e deixar o outro falar e se mostrar mais interessante. se sentir mais interessante é ótimo. mas não gosto de você. nem do seu assunto. não posso te falar isso, uma pena.


julho/2008

eu não sei falar sobre as coisas que sei, apenas daquelas que sinto.
isso pode parecer absurdos para alguns, teatro para outros.
o fato é, não sou dessas que que se dá tão bem com os sentimentos, tão pouco com a performance necessária ao jogo social.

abril/2008

escrever é dar pistas de uma realidade da vida humana. imaginação é crer que isso é possível.

Um dia ainda pego essas frases e as torno coerentes, escrevo um livro, contrato um marketeiro filho da puta e ganho rios de dinheiro, isso será possível depois q descobrir um modo de guardar ideias e manter a boca bem fechada.

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