não aguento as palavras dentro da minha cabeça e não importa se vocês não vão acompanhar o ritmo ou vão dançar num outro, diferente, feito samba ou um bolero. não há na vida e tarde quente uma macia saudade. não há nada macio e isso é de assustar. porque vai ver [e ser] que as coisas devem deitar em suas camas e dormir o sono delicioso que me foje entre as pernas como um liquido, como vidro, pó de vidro, que não é feio mas perigoso... pó de vidro... corta tambem e faz o mesmo mal que outrora poderia fazer quando em outro estado. fumaça preta mesmo, como fogos do jogo no maracanã ou da polícia quando entra na favela e pouco [ou nem] se importa com quem anda descalço e sem camisa porque corria atras de pipa. na vida prática pouco importa quem você é, importa mesmo o que acham que você é. vadiagem, pura vadiagem, vagabundagem. repito em mais um melodramatico digitar e tilintar dos dedos cheios de sujeira.... vagabundagem. não vá despistar o silencio com fuga dos olhos para textos e sátiras, nem noticias de jornal, nem me diga a profundidade dessa lama que você fez na minha vida, nem refaça os planos que não deixei me contar, fabricara tão bem meu balanço que nunca pude me sentar nele já que minhas pernas não alcançavam o chão, e por isso mesmo o fim que almejava (o de me balançar no balanço) nunca foi concretizado. por isso não me satisfiz com essa merda de verso sem rima, apesar de em apenas uma parte ser bonito e pôr pra fora algo que senti nessa tarde. e como um padre lhe digo nessa hora, quero é isso escrever em verborragia, com milhares de palavras e sem medir a forma que causam aos olhos [seja de quem for]. por cima da perna que depilei hoje mais cedo me caiu um pedaço do chocolate que desde ontem desejei feito sexo, sim ele não foi tão bom quanto o ultimo que fiz, sinto o cheiro ainda dele aqui na perna e me dá mais vontade de saciar com coisas industrializadas e não com um corpo quente ao meu lado. sufoco mesmo esse querer e não me contento com isso, e mais. vejo nisso algo bom pra criar, e ocupar a cabeça vazia e o corpo frio. não fiz nada hoje, nem a atenção consegui prender nas minhas unhas enquanto dádivas de trabalho duro contra o vicio. ai os vicios. são eles como já disse tanta gente, combustiveis que fazem a alma reviver mas a faz morrer mais rápido e isso é justificado porque é intenso. não vou me pôr a falar mais e mais de intensidade, nem de virilidade, nem de outra ..ade que não me vem a cabeça. falo apenas desses fluxos descontinuos embaraçados e confundiveis, não sou tão boa como quem escreveu "a meia marron" e duvido muito que um dia chegarei num nivel desse mas só a tentativa de vomitar as palavras me impulsiona na tarefa, que não deveria ser concomitante ao som de bob dylan, mas cairia melhor um classico desse da vida, quem sabe mozart. mas de qualquer maneira o som é influencia que não é determinante nem amplarmente importante nessas horas, porque sou quase surda de um lado (apesar de ainda não descobrir que lado é) e por isso até quando me reservo o papel de bisbilhoteiro a la goffman numa conversa não o desempenho com sucesso.... perco falas e fio da meada. quase como o que ocorreu em algumas linhas atras, mas é uma viagem, sempre, uma viagem. e nessas horas você pode revisar e recriar o caminho, que foi asfaltado com algumas leituras extraviadas da caixa de correio do vizinho... e prefiro assim, porque se fosse de barro, chão de areia, mudaria mais rápido e sendo assim não saberia explicar a dinamica que acomete a vida diária. por isso quando a fulana fala que voltou da europa e tem uma porrada de coisa pra contar [e os bicos do peito dela parece gritar junto], tento fugir do som e aquela puta continua a falar, ah professor... ela voltou, com as pernas de fora e o cabelo longo. aquele cabelo que me incomoda tal como o da outra sempre ensebado. é demais pra mim e isso é alguma inveja e tenho consciencia [plena] disso.
aviso, sou invejosa. e machista. e pouco me importa se isso é da ideologia dominante e se até na arqueologia as pessoas querem ver lutas de classes, que hodder vá pro inferno, assim como aquela amiga de cabelo duro que anda me desprezando. é demais pra um ser de 1,60 de altura. a minha outra amiga traiu o namorado e me conta isso com remorso, eu lhe pregunto: gozou? ela gostou e ficou até com marcas pelo corpo (isso me dá até vontade d ficar com algumas também). então, há coisa melhor?! sim, há coisa melhor. companhia e a cumplicidade de entender o outro no olhar. respeito os casais duradouros mas acho que nunca alguem gostará de me ter com par, porque nasci não pra ser sozinha, odeio ficar só e odeio ter que assumir isso... sim nasci pra ser par pra mim. é a alma que tem 1,80 de altura e me serve bem de companheira, é meu lado macho falando mais alto apontando uma arma pra mim e perguntando: qual é a tua [meia] mulher?!
qual é a minha, porra? o que eu quero com isso... muita coisa. de tanto pensar me perco no pensamento. outra hora lhes digo como termina isso, apesar de saber eu e vc que isso nunca acaba. como também nunca acaba o tempo inventado arbitrariamante e esse sentimento que me confunde a cabeça e a minha própria ideia de espaço e minha causa de fome, e sede. falta é tesão pr'os estudos de gente viva, porque me vejo nelas e seus problemas colam em mim. é um grude. uma merda. sei que isso que escrevi não vai agradar a algumas pessoas mas saciou meu disturbio de porralouquice -por enquanto.
muito bom, ufa ... pena que as palavras acabam, ao menos no papel ...
ResponderExcluirintenso... Gostei.
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