25.4.09

estava escrito entre as linhas da propaganda de curso de inglês, estava suspenso por uma corda que numa ponta tinha o desamor e do outro lado Maomé morreria enforcado, estava envolto nas cascas de bananas, até no umbigo da minha bisavó... era claro, suave, indiscreto.

meus furos na orelha se fecharam, meus brincos não cabem mais em mim e os colares de sementes do fruto proibido não mais podem suportar o meu balanço, a minha nuca já não suporta também o peso do desejo. é quando releio meus e-mails e as discussões mais bizarras que podem ter duas pessoas sensatas, é quando também recrio o silencio do carro em movimento, quando percorro o caminho de socorro, e me alimento pela luz dos faróis dos onibus na via dutra. foi assim, comum e cotidiano das mais bisbilhotices. o amigo que me segredou as confusões do seu peito não sabia que estes eram os que eu mais escondia do homens comuns. e por medo de que meus segredos confusos se tornem poesia não escrevo por hoje e então os astros tomam direção contrária, meu humor é vivificado. porque vivi sem ele e por ele vivo agora. é disturbio, é deja vu, é esperança e medo com doses fortes de absinto.

3 comentários:

  1. Pena que não escreva todos os dias, pois sempre passo por aqui....mas continue

    ResponderExcluir
  2. Vixi mais um anonimo aqui!
    pelo menos esse não tem pseudônimo...
    :p

    ResponderExcluir