eu juro que nunca mais me permito transgredir minhas ideias e dilui-las em puro alcool.
discorrer e atualizar meus escritos, e recorrer aos momentos de prazer e desfazer as cadeias de pensamentos torturantes e escrever pra você, de você, com você.
nunca mais me deito torta, nem balanço minhas pernas naquelas cadeiras pesadas de estofado azul escuro, nem ligo teu rádio, ou computador, nem quero saber tua senha, nem desfolhear livros teus.
nem suponho minha vontade de saborear sua performance erótica, de reviver seus olhos revirados de prazer, nem quero pensar nos copos quebrados, nas fotos vistas, nos momentos intimos guardados.
porque isso não é viver. viver nem sequer pode ser definido por um ser assim como eu, que ao não saber dominar seus instintos de modo civilizado se entrega a auspiciosa maneira de falar de sentimentos por simples palavras.
nem minha própria experiencia estética se elabora de forma específica,
nem meu vulgo "olhar" é produto interno bruto,
é na verdade, na real e intransponivel condição, fruto de um habitus.
nem quero pensar sobre isso. é intenso, demasiado intenso.
é incrível como sempre me vejo um pouco (às vezes bastante rs) nas coisas que você escreve... gosto muito.
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