26.10.08

aquela palavra que não conhecia me trouxe aos neurônios algo que poderia dormir sem sentir.
a leitura involuntária daquele nome, o ciúme póstumo, a vontade de não saber do passado - ou ao menos não se importar com ele.
o conjunto desses pensamentos delimitam o meu espaço, marcam minha pequenez, destroem qualquer plano de conquista, fazem sofrer o peito e corroem até as frases elaboradas para o outro fazer rir.

palavra forte, que me dá medo
e ao mesmo tempo espectativas
mas a responsabilidade jogada ao alguem
que de apoio me serve é tão egoísta e mesquinha
que de fato me sinto medíocre

má sorte, desapego,
ciúme e desconforto


espero um dia nunca ver em alguem uma muleta
não é necessário encosto para a vida, só um companheiro

de tudo mais bonito que li, de todas as palavras de agradecimento escutadas, de todas as significações reconhecidas, convenções compartilhadas, esta, esta pequena frase me constrói uma ponte de desespero, que por debaixo corre o rio da ansiedade.

preciso apenas de um bom café.
não quero escrever nada intenso, já que nem minha vida se presta a esse adjetivo, por opção, não quero meus textos assim, quero-o leve, como uma pluma, livre.

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