17.5.09
"La valse de mon âme"
Eu sou uma
a quem pertenço só metade
que entre ruídos e esquinas disfarça
desaparece
Como perfume que misturado à essência natural
se renova com o tempo passado no corpo
esvai
Tocada por melodias
Encoberta por palavras sujas
Desmascarada por si
Uma metade há
A outra só deus sabe
Parte sou que sonha acordada
desabotoa o vestido
escreve poesias
olha o vento bater
corre em direção ao silêncio
anda sobre marés de pensamentos
Parte que suspira sem tocar o chão
colore os segundos
alimenta-se das próprias angústias
morre a cada duas horas
torna-se tristeza
nua
lânguida
pesada
Destoada com a voz
pinta os olhos
inventa estórias cor de rosa
arranja medos para esconder a covardia de viver
Apenas viver
Incerta com a metade que não descobre
sacia a fome de amor com a pele branca
pêlos macios
suor salgado
Sim, leves suspiros de paixão forjada
Cai sobre sua própria alma
Dança sozinha consigo
Comigo
Fecha as pálpebras ao olhar pra dentro
reencontra-se guardada em si
E somos nós em mim.
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Romântica hoje
ResponderExcluirBela poesia
Muito boa!!
ResponderExcluira idéia do som foi bem legal, combina muito, gosto dessa coisa de metade. gostei da debaixo também, mas qual é a do porco espinho com frio hein rsrsr
Oi, Jaque. Adorei ver uma música familiar no seu blog. :) A poesia tb é boa. Falta ali uma lâmpada amarela e o vinho tinto.
ResponderExcluirOutro anônimo? Pensei que era apenas eu.
ResponderExcluirrs
ResponderExcluirihhh tá chovendo anônimo nesse blog!
há anonimos mais anonimos e anonimos menos anonimos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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