Ando cansada ultimamente. O tempo do ócio tornou-se inaceitável porque quando estou nele os pensamentos são tão rápidos que é impressionante a estratégia de se transformarem em lágrimas e correrem pelos olhos pra tomar um ar.
Não entendo como conseguem se materializar em líquido.
Contudo não são deles que pretendo falar e sim das quarenta e sete balinhas de caramelo que comi compulsivamente até o meio do dia à procura de tirar da minha boca o gosto daquele fumo, daquele fumante.
O gosto que dos lábios não sai.
É claro que sei, são minhas lembranças que trazem o sabor do cigarro enrolado com minhas mãos sujas de terra preta, um cigarro fino, bem tratado, bolado com gosto (característico de uma paixão fugaz)
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Sonhei que me casava com um passáro de asas muito grandes e fortes.
Ele com seu canto jurava-me amor eterno
e uma melodia nova em todos os dias de sol.
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