Eu me perguntei dias a fio o por que da minha insatisfação. não seria uma resposta simples, creio. nem gostaria que fosse tão complexa. Lembro de quantas vezes dizia estar satisfeita quando acabava de comer, isso quando aos sete anos era falta de educação usar a palavra “cheia” (dona estelina me repreendia). Lamento mesmo por nos ultimos dias estar cheia. Isso porque dei a alguém a responsabilidade que não lhe cabia, pra reforçar minha culpa, esperei um carinho que só pode me dar alguém que um dia dizer adorar os meus olhos de cor comum, meu cabelo despenteado e achar graça da minha incapacidade de falar inglês, francês ou até mbyá.. Sei que tenho anos pela frente para isso ocorrer e não vale a pena impor a ninguém regras e condutas que me fariam feliz
Mas nem o telefone tocou, nem a caixa de e-mail apareceu o nome esperado, nem quando quebrei o silêncio a resposta foi imediata. É aí que vejo que não importa quantas palavras a gente usa, ou quantas frases rimadas e feitas com gosto seriam necessárias...
nada é necessário, nem pode ser paliativo contra o desgosto de não ser querido por alguém. Digo querido não da forma carnal que tantas vezes achei que seria suficiente, são os sentimentos os mais importantes... são os gestos de carinho e não o ritmo do sexo que fazem bem.
Levarei uns dias para centrar os pensamentos em mim, e isso pode ser que seja perceptivel nos textos que virão, contudo, por enquanto este espaço - mais usado como um campo de diálogo mudo - esconde muito sofrimento e de outra forma não dá pra ser.
Quem dera ser romantismo frouxo mas é apenas um nó na garganta, porque dói fingir não se importar. Como dizem as mais boas línguas: as prioridades são outras (ou deveriam ser).
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