30.9.08

qualidade fluida da informação obtida?
desencontros entre informação verbal e a imagem?
indefinição expressiva que as imagens propiciam?

ou seria

subjetividades que não dialogam entre si?

(pensando, e muito.)

o buraco é muito mais em baixo...
é a (pós)modernidade amigo, individualidade meu irmão...

fudeu.

mas peraí e barthes onde entra na estória?

(...)

28.9.08

Francesco Quibano diz:
mas vou te falar uma verdade então
Francesco Quibano diz:
varias
Jaqueline diz:
diga
Jaqueline diz:
sou toda ouvidos
Francesco Quibano diz:
o negócio é o seguinte: quer abalar geral? malha a bunda;
Jaqueline diz:
rsrs
Francesco Quibano diz:
hhehehhehehehe
Jaqueline diz:
mas n quero abalar geral!!!
Francesco Quibano diz:
mas a questçao é essa. vc não quer abalar geral, mas quer abalar alguem. pra abalar esse alguem vc terá de fazer o mesmo.
Jaqueline diz:
rsrs
Francesco Quibano diz:
ou melhor, quando vc tiver abalando geral, não se preocupe. alguem virá e irá te abalar.
Jaqueline diz:
ai q lindo!!!
Jaqueline diz:
vou colocar isso no meu blog!
Francesco Quibano diz:
lindão mesmo né...rs
Francesco Quibano diz:
legal
Francesco Quibano diz:
podia botar em uma musica...
Francesco Quibano diz:
um dia vou fazer musicas, livros, poemas...
essas trombadas ainda vão acabar me explodindo o peito e o egoísmo que faz sentir a mediocridade baixa me fará o coração bater forte e a boca calar. posso até não saber lidar com tais sentimentos, no fundo o orgulho é maior. esse é o medo que eu tinha, e não pude evitar o transtorno [leia-se transbordo de mágoas]. chorei e molhei sua blusa e aquele abraço me deixou segura por alguns segundos, só alguns segundos. porque é difícil demais ter pessoas ao seu lado, ainda mais quando os papéis são trocados ou quando você não se sente ali você...

Pode ser até do corpo se entregar mais tarde
Parece simples mas a gente às vezes é
E o amor é lindo deixo
Tudo que quiser eu não me queixo em ser
Acho normal ver a vida feito faz o mar num grão de areia

É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber e ver
Que o vai e vem pode ser eterno
Pra ver quem manda
Acho que não vai dar tô cansado demais
Vou ver a vida a pé
Acho normal tá no mundo feito faz o mar num grão de areia


queria ter escrito isso
porque algumas vezes se sentir só é ser de todo o mundo
e o mundo pode ser simples, como a gente.

letra da música mais tarde - Marcelo Camelo

27.9.08

toda vez que eu pensasse em você deveria levar um choque,
ficaria eletrica o bastante para fazer minhas tarefas.

26.9.08

vou bem devagar dizer algumas das minhas verdades
abrir a grande-angular e capturar tudo e mais um pouco
a distorção faz parte da composição e as bordas escuras também.

gosto dessas lentes. gostos desses olhos.

*

tem alguns dias que o disfarce cai
a sobremesa não é tão gostosa
e o mundo não é imenso

ontem senti isso
hoje, não mais.

*

aqueles livros na estante sempre me deixam pensativa.
será que todas aquelas palavras já foram lidas?
sim? que bem lhe fez?
não? por que as mantém ali?

por isso nós medrosos escondemos os livros.
na minha estante tem apenas vinte
e alguns outros espalhados pelo quarto pequeno.

*

ela esbanja saudade de alguem
de algum
de ninguém.
como eu, foi embora.

*

ele foi fortuitamente encontrado
[soube aproveitar a ocasião]
deixando o gosto de quero-mais,
não-suma,
me-procure.

25.9.08

toda vez que volto de angra me sinto mais leve e não importa se andei muito, se falei muito, se ouvi demais as estórias da nanci. ontem foi assim, como na semana retrassada. dá uma paz imensa ver resultados. uma sensação de coisa feita, mesmo que não seja aquela mais bem feita. todo encontro com aquele grupo me mostra outras direções, vai ver é uma só, sei lá. só sei mesmo que essa serenidade pode ser explicada por isso, porque tudo na vida tem uma explicação - até a mais baixa e sem criatividade.

poderia ter essa explicação também:

me sinto tão leve porque aquelas curvas da rio-santos faz a cabeça dançar, os pensamentos voarem alto e a visão saborear a natureza que se desenha lá em baixo. é lindo. é azul o céu e o mar algumas vezes tem um degradê.

23.9.08

discorrer sobre qualquer tema é sempre algo muito complicado. envolve muito mais que interesse pessoal. envolve dizer o que os outros já disseram e com um toque de originalidade. conforme o tempo passa você percebe que a vida é um circulo, muito menor que imaginamos e que de vez em quando buracos podem aparecer entre as linhas de orientação. prestar bastante atenção neles é fundamental. perceber as placas de aviso de obra também.

Atenção:
nos próximos dias os sentimentos estarão imprevisíveis


deveríamos carregar uma plaquinha dessa no peito
[mas, com um conselho:
não a cutuque com vara curta]

22.9.08

- sabe aquele livro "casais inteligentes enriquecem juntos?"
- o que que tem?
- eu tinha esse livro,mas emprestei e não me devolveram, nem lembro mais quem...

foi assim que a conversa começou. eu a escutei inteira, como um participante não autorizado lá goffman.

- lá em casa a gente compra uma pasta de dente diferente a cada mês. nesse mês agora minha mulher comprou a mesma do mês passado, só porque estava em promoção - continuou - e o detergente, todos eles tem a mesma composição, minuano, brilhante, aquele outro, daí você pega qualquer um, mas não, minha mulher pega o mais caro, o que muda é só o "aroma"....

eu escutei a conversa só porque não consegui me concentrar no livro, e isso, só porque o cara era babaca demais, falava tanta besteira nos meus ouvidos que foi impossivel não prestar a atenção no que ele dizia ao outro.

análise agora:
ele precisa mesmo se decidir... a mulher deve ou não comprar as coisas na promoção? ela precisa pegar o detergente mais barato? aquele cara é um filho da puta que quer se separar da mulher, por isso transfere a ela os problemas de sua incapacidade de não conseguir mais dinheiro, de ter um trabalho qualquer e pegar o metrô cheio todo dia de manhã.

20.9.08

Digamos que o dia passou rápido
e
os pensamentos foram
atropelados.

*

devolvo a ingenuidade a deus
assumo minha sordidez

*

um olho perspicaz e o outro cego
causa estrangulamento dos bons pensamentos.

*

desse jeito vão saber de nós dois
e nosso amor não será consumido, nem trocado
ele quis não mais dizer tudo e ela não mais escutar tudo
abriu o media player e tocou vanessa da mata.

*

faz quatro anos, num domingo de manhã enquanto folheava a revista do globo parei no texto da martha medeiros, se chamava "todo o resto". a partir de uma frase no filme do cazuza ela consiguiu me fazer apaixonar pelo todo o resto da vida.

"existe o certo, o errado e todo o resto"

não importa o quanto de convenções que existe por aí, uma coisa é certa a gente se enquadra nelas, vive por elas, se conforta nelas. é supreendente o quanto mediocre podemos nos perceber quando um ser dotado de liberdade não age da maneira como esperamos, ou mais, quando não se comporta da maneira que nos comportaríamos na mesma situação.

sabe por que?

porque temos a necessidade de classificar as coisas. a coisa é errada ou certa. mas nem tudo é certo ou errado, existe muito mais entre essas duas formas de classificação.

é certo você respeitar o outro, dar passagem no transito, oferecer ajuda, não xingar o compaheiro, lembrar do outro quando vê algo que esse outro gosta, pedir "bença" ao pai e mãe antes de sair e falar o horário que vai voltar, citar os nomes dos autores que nos apoiamos para escrever, não copiar respostas das provas de sites, não confiar na wikipédia, retornar a ligação do outro, dizer bom dia, boa noite, boa tarde, comer de boca fechada, agradecer quando sair do elevador, programar o futuro, pagar as contas em dia, não sair com outro cara enquanto namora um...

uma imensidão de coisas certas.

não me darei o trabalho de escrever o que é errado, a essa altura você já entrou o clima do texto.

o resto sabe o que é? é toda sensação que não sabemos classificar. e você pode ter certeza que são muitas. muitas mesmo.

eu não sei me despedir. é certo? é errado? dole uma, dole duas, dole três: isso é o resto. tem que dar dois beijinhos? tem que encostar só a buchecha? pode dar selinho? é só o aperto de mão?

sacou?

simplesmente a vida pode ser bem mais. mais que classificações. mais que poucas desculpas. mais que planos. pode ser essa mistura incontrolada.

todos tem um ponto e algumas pessoas tem a mão certa. a minha é um pouco errada e por isso até o brigadeiro às vezes passa do ponto.

às vezes eu passo do meu ponto.

[cala a boca jaqueline]

editei o código html do parfournir, agora a lista de postagens não tem mais números ao lado dos meses. decidi fazer isso porque me sufucava as vias do ar quando olhava que tinha escrito vinte e três vezes no mês. agora não vou mais sofrer com isso. não terei mais números para olhar e portanto o pensamento de tempo perdido no parfournir não vai passar pela cabeça.

outra decisão é que a maioria das postagens não terão título. cansei de inventar sem-titulo-número-tal para elas e não tenho criatividade para entitular meus textos, poderiam ser todos desabafos i, ii, iii ... m. NÃO! posso ser criativa, se eu não consigo não preciso mostrar isso a ninguém.

o que me deixa mais a vontade nessa estória toda é que não preciso mais entrar no blogger para escrever, faço isso nesse programinha esperto e guardo todas as postagens numa pasta específica. bacana.... rs

mas nehum comentário quanto a isso, vou escrever outra coisa. agora não me preocupo com os números, apenas com as letras.

19.9.08

eu não sou fina, só que estou rodeada de gente que é. pessoas que falam francês, comem salgados de garfo e faca, conversam sobre arte e têm opinião sobre tudo. não sou assim, definitivamente. não venho de uma familia tradicional, nem de uma do interior cheia da grana. minha mãe casou-se aos quinze sem nem saber que precisava trepar com o marido. me pariu aos dezoito. se separou, penou, trabalhou muito e me criou sozinha. faz dez anos encontrou alguem, esse alguem que se tornou meu pai. ele, um gênio sem noção disso, tenho certeza que seria um cientista, inventaria algo extraordinário, se não tivesse perdido os pais aos doze. fez merdas que hoje lhe são seus filhos. isso, aos vinte já era pai. é assim... o que é livro? jornal? sabe-se lá. televisão é o maior bem pra ele. já tivemos aqui em casa seis aparelhos, um em cada cômodo, só faltou uma tv no banheiro.

não posso argumentar minha pieguice por uma hereditariedade ou problemas psicológicos de criação sem pai, sem avô, nem posso justificá-la porque minha mãe não fala mais direito comigo, prefere sorrir com a moça que lava a louça aqui de casa.

posso reclamar da familia que tenho. mas não quero fazer isso. nem sou fina para fazer tal coisa. não tenho classe. ontem tomei um café na cavé e já veio aquele cara com uma xícara, um copo d'água, uma canelinha ao lado e um pingo de chocolate - mas o que é isso, eu só pedi um café, café normal. deu vontade de beber aquela água só pra matar de vergonha a minha amiga! não fiz isso, é claro. ela sorriria pra mim e diria como deveria fazer com cada coisa. eu ouviria com paciência.

sou paciente e calma, gosto de ouvir as pessoas, só não me peça para falar nada, não sei aconselhar ninguém. sou rispida. sou grossa. de poucas palavras. bem poucas. nunca ganhei nada de graça, nunca fui pra disney nem fiz curso de inglês. compro minhas coisa com muito trabalho e esbanjo vontade de dar por aí. mas não dou. troco, quase sempre.

a estratégia das boas relações não existe, elas acontecem. até porque qualquer relação que estabeleço deixo logo de cara o que pretendo com ela. disse uma vez para meu antigo namorado que não sentia mais vontade de estar com ele e pensava em outro cara. terminamos. a vontade passou e a gente voltou. é assim, jogar limpo não custa caro. talvez só um pouco caro, como aquele lanche de ontem no final com café, que paguei e nem toquei naquela canela, nem naquela água...

posso não saber exatamente o que se passa na cabeça daquelas pessoas, mas arrisco o palpite infeliz.

essa é a idéia da ciência-com-c-minúsculo que aprendo e estou me formando, se arriscar num mundo que não pertencemos, pensar traduzir códigos que não são os nossos, publicar perspectivas e se dizer conhecedor de alguem (ns). não vou retomar esse assunto.

pierre disse isso pra mim ontem: chega uma hora que a gente percebe que "não se pode ganhar em todos os planos,que não se pode deixar de respeitar as regras do jogo social e que a fascinação de não participar dele conduz a uma grande ilusão"

este é o mantra da esquisitice aguda que me ataca o corpo nessa sexta-feira com sol e fria.

aquele foi o fim de um um não-começo,
por isso fecho as janelas e tranco as portas desse lugar.

*

porque ele me consumiu até o talo
e o sentimento de honestidade me fugiu entre as pernas
[pobre deslocamento de metas]
[pura razão do conto]
foi-se embora toda serenidade
me invadiu com violencia e indiferença
rompeu a fina pele de respeito
e não perguntou se podia entrar,
apenas saiu.

*

tomei o chá de canela
lancei a música pro ar
desfiz as mentiras impostas
e não vou voltar atrás.

*

consoantes são aqueles que nada falam [se olham]
são ruidos que incomodam os ouvidos
e elos de ligações entre as vogais.
estes tem poder, decidem quando querem [ou o que não querem]
as uso e nada tem com isso ninguém.

*

chega de falar do ego
ele tá cheio e inchado
um beijo a todos e um aperto de mão.

17.9.08

hoje acordar foi um sacrificio,
levantar da cama então, pior ainda.
digo isto porque o frio que tocou os pés
foi como um convite à preguiça.


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pode parecer coisa não resolvida, problema mal acabado, discussão sem pé nem cabeça, não importa, a ideia é mostrar que temos o que dizer. me falaram hoje"...ela arrassava nas aulas dele (...) e tinha aquele rapaz também que parecia competir com ela..." é assim, o mundo pode acabar na maior miséria, aquela mais descabível e horrenda, pode ser criança morrendo de fome, velho sem casa, ou a barbarie completa, o que vale e o que é presenciado constantemente: é o discurso. mero discurso, mediocre e embranhado por intelectuais. uma verdadeira coisa: desilução, desmedida, desavergonhada.



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é moça veja só como são as coisas.
um livro q compraram por oito reais
hoje pode ser encontrado por cinquenta e nove e noventa e nove,


por isso gosto dos velhos
tudo velho, bem velho.

15.9.08

é duvidoso qualquer argumento relativo a dimensão das causas.
por um futuro incompleto ou um passado deslocado,
não importa a duração dessas variáveis que constroem a vida,
muitas vezes não importa mesmo o presente,
porque há de considerar que a vida é o conjunto de experiência,
não essa da filosofia - do conhecimento transmitido pelos sentidos,
é a experiência no seu mais alto grau, o senso comum.
o elemento tempo é seu maior constituidor,
por isso dirijo os pensamentos a ele.
se fosse possível considerar alguém maduro
apenas quando olhamos nos olhos,
não levaríamos adiante muitos conceitos que tanto fazemos uso.
por fim, se pudesse medir toda essa burocrática condição
que na ocasião ocupo, o faria pelo tempo.
[mas, que tempo?]
porque o mundo conhecido e partilhado
pode ter um tempo comum,
que pode arbitrariamente ser definido,
que deve obrigatoriamente ser seguido.

[perda de tempo]
[uso mal feito do tempo]
[tempo perdido]
[tempo desperdiçado]
[ganhei tempo]
[falta tempo]

tempo pra que?

os transportes não serão controlados pelos minutos,
mas pelas pessoas,
sairão quando o ultimo passageiro se sentar.

depois as sessões de cinema não terão horários marcados,
os filmes vão começar quando todas as poltronas estiverem completas.

um dia não vou correr contra o tempo,
ele será apenas um aliado.

14.9.08

tudo junto, misturado e disfarçado

que dia é hoje, e que mês é esse
por que as horas passam voando
por que essas palavras saltam daqui
sabe que mantenho os olhos fixados
porque ela faz tudo tão certo
e porque pensa que tudo pode ser melhor

essa imensidão de documentos
de papeis, de abas do explorer,
de músicas que falam
e fotos que escondem o sabor

é dificil manter-se assim
mas ela consegue
é forte
é fantástica
ela é linda
e ele inteligente
mas babaca

a noiva - a mais complexa
o noivo - o mais irritante
só seria o casal mais apaixonado fotografado

pode parecer papel picado
recorte mal feito
fragmentos, ou,
sentimentos diluidos. não.
é percepção.

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parfournir tá novinho em folha...

13.9.08

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nos absurdos de meia hora
a parte lúdica da vida se destaca
e o desencaixe perfeito de mostra:



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assuntos de mesa de bar
acompanhados de cerveja, coca-cola e boas gargalhadas
podem ser mais maduros que a jogatina mediocre do discurso acadêmico:
preferencias assumidas diante a tela luminosa e quente.

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foi-se embora o tempo de falar de amor.
fazê-lo é melhor.

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quarenta e quatro vivas ao sábado destoado e cinzento!

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11.9.08

"Com a combinação de Câncer com Touro, Jaqueline, você manifesta uma sensualidade tão tangível que se fosse possível engarrafá-la e vendê-la, você ganharia muito dinheiro! A habilidade canceriana para absorver e refletir os desejos dos outros se une à natural sensualidade taurina, e o resultado final é um magnetismo animal incrível e uma predisposição artística que você deveria explorar. Gosta das coisas materiais da vida e, por mais que aprecie a dimensão espiritual, você é uma pessoa muito voltada para as coisas da carne e não tem disposição para abandonar completamente o mundo terreno."


... se a gente fosse uma lista simples de caracteristicas, ou como uma receita de bolo, ou se viessemos ao mundo acompanhados de um bula [não, talvez seria melhor um manual de instruções], me sentiria melhor ao ler o trecho acima: descobri que sou sensual, posso ser manipuladora e gosto das coisas da carne (hum!).

9.9.08

o querer ser desejada passa todo dia pela consciência e
o desejo interrompido pela insatisfação da reciprocidade que não existe.


aquele turbilhão de sensações se foi,
abandonou a estória,

8.9.08

a vontade de escrever diminuiu bastante por esses dias, a de fotografar aumentou... mas tudo nessa minha vida tem um "mas", um "no entanto", um "porém". não seria diferente agora. fotografar é difícil, junta a falta de tempo, o falta de cia, a falta de segurança, a cara de novinha, e você se sentiria como eu. pode parecer desculpa tola, mas andar com uma máquina [que passei seis meses pagando] correndo o risco de ser roubada por aí, não dá. de resto, poderia me entreter com essa vida virtual, participar de fóruns e discussões, conversar a noite toda, ou ler os vários textos que deveria ler, só que chega uma hora que tais coisas não saciam a vontade de passar o tempo, chega uma hora que estar com pessoas é essencial. preciso muito disso agora. e não importa se passo doze horas num prédio, com pessoas que tem os mesmos interesses, é preciso de vez em quando, andar por aí, observar o movimento, o barulho ou o silencio de um lugar. é bom fazer isso só, e digo, já fiz isso algumas vezes, tem outras, que é necessário dividir com alguém [ou alguens]. essas relações imprecisas, desconexas, diluídas em expectativas e faces, desconcertantes e sem o mínimo de conforto, me deixam saturadas dessas normas, dessa complexidade, desse descuido ou mesmo desinteresse. me corta o tesão qualquer tipo de obrigação. uns meses atrás sentia isso diante o fotografar, substitui pelo escrever, agora sinto isso em ralação a esse espaço, e não adianta ninguém dizer nada, nem me consolar dizendo que a escrita é interessante. isso não me serve mais ao objetivo que foi criado. ponto forçado, pensamento perdido. tesão perdido. uma coisa afirmo, os dias passam rápido demais, num dia desses me vi escrevendo algo que senti vergonha depois. sinto mais vergonha agora. sinto mais desprezo agora. encontrei quem não queria naquele dia, tive que fingir indiferença, pura vontade de parecer superior. menti pra mim, me criei uma situação que existe apenas aqui, num circuito muito pequeno. estórias são inventadas todos os dias, quadros e planos também, gosto de ver o mundo enquadrado, faço um recorte, ver demais é quase como não ver nada, é o não dominar as impressões. todas as semanas passadas me levam a pensar no tempo que perdi, nostalgia e desagrado do uso mal feito dos dias, a espera de alguém. sabia que canto muito bem? e escrevo desenfreadamente em guardanapos gastando a tinta da minha caneta de ponta grossa? emputecedor. minha lente caiu e todo o trabalho do fim de semana vai pra o conserto dela. a vontade de fotografar vai passar. esse sentimento de esquizofrenia também. e o desleixo do cabelo. amanhã não vou escrever, vou dormir esperando não lembrar do desconforto que me causam as incertezas da fala do outro. deixo o médico pra minha mãe, recomendo um psicólogo para meu professor, e um padre pra minha amiga; porque alguns desabafam com as paredes, outros precisam realmente de um ouvido, eu, apenas de um beijo.

4.9.08

será?!

homem me diga algo ou me esqueça.
deixa eu assumir uma coisa. tenho que fazer isso mesmo: posso sofrer de esquizofrenia. sério...falo sozinha.
e não adianta ter um monte de amigo por perto, ou um aparelho que faça esse monte presente. é assim simples. sentar na cama, imaginar o outro com cara de atenção, falar mil coisas e contar outros tantos acontecimentos, daí pensar as interferencias desse outro cheio de atenção, e por fim, notar que está sozinho, falando com um imaginado.
escrevo coisas sem nexo, sem que e nem pra que...
o que começo não termino, nem meus textos aqui no blog. minha rede social tem diminuido. os sentimentos estão confusos. a atenção difusa...
segunda-feira vou procurar um médico.