30.5.08

musicalidade em alta

I've made up my mind,
Don't need to think it over,
If i'm wrong i am right,
Don't need to look no further,
This ain't lust,
I know this is love but,

If i tell the world,
I'll never say enough,
Cause it was not said to you,
And thats exactly what i need to do,
If i'm in love with you,

Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere,
Or would it be a waste?
Even if i knew my place should i leave it there?
Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere

I'd build myself up,

And fly around in circles,
Wait then as my heart drops,
And my back begins to tingle
Finally could this be it

É a primeira vez que coloco uma música aqui.
Essa é Chasing Pavements da Adele.
Linda...
Ando muito musical pro meu gosto.
Mas é uma fase.
E ela sempre passa.

28.5.08

por uma análise objetiva de mim

Eu odeio as palavras, porque a gente sempre tem que levar em conta seus significados que não estão em si de primeira. Até quando falo 'fim' tenho que ter muito bem claro que fim é esse, fim de final da história, morte, decepção, autonomia - chega de exemplo (fim do exemplo, está acompanhando?... até 'chega' pode ser 'fim').

Por isso mesmo crendo que o texto pode ser bem mais que apenas encontros bem feitos de significados e referencias que carregam em si uma das várias interpretações possiveis, queria expor algumas coisas, coisas que escrevi já faz um tempo e lendo novamente teriam outros sentidos, algumas pessoas que leem isso nunca me viram nem verão, nunca conversaram comigo, e é incrível como isso funciona, pense bem... quantas vezes lemos textos que dizem mais sobre nós do que aquilo que nós mesmos não conseguimos elaborar?

Uma noção que persigo é aquela que defini um dia como dom da sacação. Saber usar palavras é uma coisa, outra, é se deixar levar por elas e nesse caso, elas se tornam mais importantes que você. Sacar em que situação ou nível você se encontra é de extrema validade para aqueles que se pretendem como testemunhas de um período, de uma vida, de um espaço. Reli muita coisa que escrevi aqui, e por isso resolvi fazer uma analise das palvras que usei e que me mostram bem, e muito bem.
Aplicação num caso: "Bem" - provavelmente, pensando em algo que não seria pensável [não por caracteristica própria, mas configuramos assim, costumamos confundir inconsciente com o não raciocínio], o uso anterior da palavra bem, caberia aqui como uma afirmação de harmonia pessoal, ou seja, procuro sempre de alguma maneira depois de postar alguns textos com o marcador desabafo, colocar um texto que de uma maneira ou de outra passa um bem-estar da alma. Exemplo de outra palavra: "cresci" - depois que falei de inveja das pernas longas. Viu como funciona?
Você se mostra melhor, não aparecendo, porém se encondendo mais.

26.5.08

conversa de não[s]

- Bom dia, você pode conversar comigo?
- Bom dia, ora... claro que sim!
- que bom, estou me sentido abandonada, entende?
- todos nós em algum momento na vida nos sentimos assim...
- queria que comigo fosse diferente
- não ligue pra sua vontade, todos nós queremos isso.
- minha mãe que costuma falar isso, vontade dá e passa.
- e a minha também!
- só que eu sempre a ouvi muito e por isso só agora tenho coragem de assumir tais vontades
- não ligue pra isso, geralmente só começamos a ouvir novamente quando ela morrer, ou você ter seus filhos
- não diga isso, não quero a morte dela, nem tão pouco ver meus filhos como ela me vê.
- ora essas? por que não? não sabe daquela antiga conversa de que os filhos são reflexos dos pais?
- claro que sim, mas discordo. Cara, estaria ferrada se isso fosse verdade...
- esqueça menina, você só vai perceber mais tarde.
- esqueça você, alias esqueça, não quero mais da sua conversa. Ora lhe chamei pra uma conversa e não previsões quanto ao meu futuro ou os dos meus filhos.
- não seja tão dura
- não sou dura, apenas verdadeira
-verdadeira? diria que você se pensa verdadeira
- desculpe mas acho que não preciso ouvir isso
- ah não? pois reafirmo. as vezes é necessário manter o suspense da vida e não se precipitar em desenhar os encontros que são casuais. outras vezes é preciso um tapa sem mão pra entender que é necessário aprender ouvir, outras falar e bem mais esperar. A ansiedade nunca é vista como uma virtude, será porque?!
- acabou o discurso? posso?
Ele consentiu com a cabeça e ela saiu esbaforida de tanta raiva que sentia daquele velho que estava com a razão. Fim da estória e fim de uma fase.

25.5.08

a amy me faz bem

Eu me pergunto porque esse monte de viciado consegue fazer as coisas tão bem?
Aquela mulher esgalgada, feia até a alma da Amy Winehouse,
me explica como ela consegue ser tão boa?!
Poxa vida, que droga...
Eu fico aqui no meu computador lendo artigos e mais textos e mais ensaios e mais monografias até quando as letras começam parecer bichinhos alegres se movimentando como ondas, e me faço a infeliz questão: "será que o que escrevi foi bom?"
Aposto que aquela vaca não se pergunta sobre as letras que faz, ela apenas sente e eu sinto muito sua dor com a estranheza que aquela voz me passa.
É amigo, precisamos as vezes de se entornar entre as palavras, escutar seus ruidos, viajar nessas melodias de merda e se confundir por entre as linhas daquilo que antes não parecia nada e agora pode dizer da gente bem mais que nossas bocas. Quero um cigarro agora, deve tirar a ansiedade de me passa a perna, me deixa no chão. Ou apenas um bom sono, daqueles que nos fazem durmir por 12 horas seguidas e por essas horas passamos por tudo o que queremos e depois não lembramos de nada da silva.
Vá embora, me deixe aqui, a ouvindo, sentido isso, e querendo que amanhnã tudo passe mais rápido e você me diga: tudo bem? e eu tenha peito o suficiente pra responder: tudo ótimo!

22.5.08

ligação

você pode me ligar?
queria receber agora uma ligação tua,
dizendo que não aguenta esperar, que quer me ver e me ter.
sabe de uma coisa? pretendo fazer isso.
não sei porque não espero seu contato,
sempre penso em mim primeiro.
Egoismo.
pura vontade de si.
mas ela vem e passa.
a vontade que fica é a de você.

20.5.08

permissão

Descobri uma coisa, dou muita pista sobre mim. me abro muito fácil e dizer isso significa: escancaro as portas que poderiam preservar alguma privacidade.
Digo tal coisa porque me sinto muitas vezes invadida, mas sempre, com minha permissão.


adicionado em 23 de maio:

conclusão da conversa anterior: eu assusto as pessoas!
Que merda!

19.5.08

Queria escrever qualquer coisa que tivesse como título: "A outra". Pensei....

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A outra.

eu cuspi tudo em você, tenho consciência disso.
mas quero que você vá pro'inferno.
mande-se, mude-se, esqueça.
poxa está pensando o que?
vai arrumar outra que te queira mais, que seja puta o suficiente para aguentar isso.
não quero você. não desejo você. desajava outro que pensei ter conhecido, enquanto ainda não durmia com ela.
pensa que sou tão fria assim, sua mãe me disse tudo e não quero olhar-te mais. vai pro'inferno.
não preciso de você. não quero encontrar nem teus sapatos na porta que me deixavam sempre irritada. você me irrita, não eram os sapatos. mas sabe porque conclui isso somente agora? porque mulher é um bicho burro, igual homem, só é mais arrumada e limpinha.
eu tive que quebrar a cara para reconhecer, tive que perder anos da minha vida, tive que disfarçar as olheiras, as espinhas, tive que pintar meu cabelo, lembra teu merda, vc exigiu isso, exigiu, quem era você? vá embora e não olha pra cá, olha pra essa desgraçada que te pegou de mim, e me fez sentir desprezada, sem homem, sem prazer.


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A outra

Ele me emprestou a caneta, mas não foi aquela.
Aquela era preta, era fina, desenhava melhor as letras que ele queria.
Eu peguei essa. Essa que era azul, que falhava, que era cotidiana.
Então foi quando Aninha te pediu a caneta. Aquela foi a que você deu.
Eu fiquei com a outra.

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A outra

A metade da pessoas que eu conheço pertence ao mundo que não quero pertencer, daí me pergunto, e a outra metade tá em que mundo?

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conselho em promoção

É amigo as vezes você precisa encarar a coisa de frente...
Escancarar o peito. Tem que ter coragem. Tem que ter personalidade.
Pura afirmação, eu sei.
Puro medo de não ser original.
Não torture-se tanto...
Relaxe
Respire, enferente-se.
Pior que mostrar o que somos para os outros é se mostrar pra si mesmo.

18.5.08

sem título XIV

meu espaço tem se arranjado de maneira bem aconchegante... se me perguntassem agora como estou, diria que feliz, feliz porque tenho visto que posso ser mais, e isso não quer dizer que agora sou de menos. Entende quando falo assim?

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Você me parece confuso.
Disfarce mais meu bem, nem tudo precisa ser dito cara a cara.
Deixa esse inverno pra mais tarde, preciso de você quente agora. bem quente...

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Você me parece quente.
Disfarce do seu inverno, as vezes precisamos dizer tudo cara a cara.
Deixa sua confusão se mostrar, preciso de você mais tarde, não agora....

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O amor não existe. Não venha com esse nheim-nheim-nheim.
Não nasceu na idade média? tá na hora de morrer na pós-moderna.
Estudos comprovam que dizer que ama não faz bem, só cresce o ego daquele que ouviu,
e aquele que diz, dá o primeiro passo em direção ao abismo.

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17.5.08

Minha moldura

Ele me perguntou se eu já li Simmel, quem me conhece o minimo que seja deve ter a resposta por mim. Correto. Esqueci mesmo. É vergonhoso, admito. Já falei disso aqui em outra post.
Mas daí ele continuou, "porque você tem que ter a moldura na ponta da lingua senão suas fotos perdem o sentido".

As imagens são apenas produtos de uma subjetividade?

Não acredito que eu deva falar sobre minhas fotos. De alguma maneira as imagens apresentam sempre uma forma especifica de ver o mundo, então porque seria necessário explica-lás? Me parece que meu ponto de vista é objetivo: pode ser subjetivo, pessoal, interpretação do mundo, ou seja lá o que mais for, a imagem pode ser ambigua porém ela sempre carrega traços gerais, que eu arriscaria dizer que seriam suas estruturas.
Vejam bem, quando obervamos uma foto estamos buscando uma coluna vertebral, uma estrutura que mantem a imagem em sua coerencia, as vezes, sua ausencia total [nesse caso, classificamos como arte - é pesado eu sei, estou metendo meu nariz onde não fui chamada e ainda por cima pisando em qualquer conceito mesmo sem conhecê-lo].
Acompanha só o raciocinio. Tenho uma imagem de um nascer do sol, com um céu avermelhado mas ainda escuro, com um azul bem escuro, tenho nela 3 bancos vazios, 3 arvores secas e um mar a tiracolo.

Como você lê essa imagem?

[ok preciso de ajuda agora, quando alguem colocar alguma coisa, continuo o texto.)

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adicionado em 27 de maio

Ora, ora... nenhuma interação...
Minha conclusão: blogs não são espaços de interação, apenas lugares para expressar idéias não tão resolvidas ou maduras (esse é o meu caso, afirmo) nada de exercicios, construções coletivas...
Por isso prefiro amnter meu silencio. Prefiro essa individualidade de merda que inventamos.


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adicionado em 31 de maio
Gustavo disse:

imagem bonita
resposta com atraso espero que sirva
eu sei não serve
nem adianta mais
mas eu gosto
e não gosto de refletir muito sobre a arte
gosto de sentira arte...
entrar
transformar
inverter
ou
subverter
etc.
(...)
talvez...
...


Sabe de uma coisa?
eu perguntei: como você lê essa imagem?
sentir não é isso?
O que você sentiria se eu postasse ela aqui?
Eis então:

Sabe o que eu posso sentir?
paz x desespero
tristeza x serenidade
fim x começo
(deixe-me pensar sobre isso)

3 filmes que quero [queria] assistir.

Filmes que tenho q assistir até semana que vem, estou me sentindo alienada.
Crise de consumista de diálogos. Ok:

Estomago
O sonho de cassandra
5 frações de uma quase história.

Gasto: 8,00x3=24,00+9,20x3=27,90+10,00x3=30,00=81,90
Conclusão: gastarei indo três vezes ao cinema mais do que gasto para ir a uerj a semana toda.
Solução: Trabalhar mais: sexta, sabádo e domingo [dá preguiça só em pensar]
Solução 2: a bolsa da uerj aumentar para 1500,00 [já imaginando: gastando tudo nos dias que deveria trabalhar!!!] [ps.: imaginou a minha cara "maquiavélica", com um sorrisso de orelha a orelha esfregando minhas próprias mãos?]

Acho que desisti depois dessas contas. é verdade, preciso revizá-las.
poxa como é caro tentar manter um capital simbólico?!
A crise passou: uma conversa tem feito o dia valer - mesmo sem cinema...

12.5.08

Corporal

Exercício:
listar as palvras montando o retrato de possiveis corpos

Resposta:

olho: pequeno+grande+gordo+instrumentodetrabalho+arregalado+remelado+perdidos
cabeça: grande+limitada+esquecida+confusa+dura+desorganizada+desmiolada

cabelos: curtos+desalinhados+bagunçados+lisos+pintados+naturais+longos+escovados+enfeitados+bombril+pinchaim

pés: sujos+descalços+livres+bonitos+padrão+ precedidosporcanelasgrossasepernasfinas

mãos: pequenas (novamente)ruidas+cicatrizes+veiasfeias+linhas+imprecisão+tatoneutro+escuras

pernas: finas+curtas+marcadas+cansadas+indispostas+atrofiadas

peitos: pequenos+siliconados+rosados+comleite+excitados+morenos+brancos+grandes+largos+definidos+duros+caidos
boca: limpa+rosada+grande+comgostobom+saida


[...]

aceito sugestões.
----------------------------------- add em 16/05/2008 - Contribuição Natalia
Coração:
Perfeito+torto+Vazio+ausente+distante+apaixonado+Frio+colorido+Mentiroso+Pulsante+partido+renovado+triste+cheio+racional+sangue+vermelho+vida

11.5.08

Viva Michel Melamed

Você pode falar quando quiser, nunca quis impor um ritmo a você, só queria que as coisas andassem e isso implica numa atitude, ação, seja lá o que for. A insistencia funciona, mas normalmente quando é usada se é taxado, assim você vira alguem que deve ser evitado. É preferivel tudo a não ter o sentimento de rejeição ou desprezo. Porque tudo na vida tem uma conexão.
A conexão entre eu e nós.
Eu - Nós
individuo - casal
vida - casamento
nascimento - filhos
crescer - trabalho
sonhos - dinheiro
dormir - compras
noite - dúvidas
perigo - desespero
morte
Deprimente, não?!

ª. º. ª+º.

ª: Você pode me passar o açucar?
º: Por que tá precisando adoçar a vida?
ª: Não responda com outra pergunta...
º: Posso.
ª: Minha vida anda muito doce, obrigado.
º: Já me disseram que meu gosto é doce, quer experimentar?
ª: Acho que já respondi.
º+ª: (...)
ª+º: (...)
ª: É, você é bem doce!

Eles se casaram depois, mas depois se separaram e esse foi o fim com ponto final mesmo.


*Imagem: J. Victtor

9.5.08

Balanço [quase] geral

Esse mês produzi pouco e por isso me perguntei: o que aconteceu?
Foram tantas coisas: várias sensações, muitas decepções, recordes de conquistas, a dor da perda, as esquizites da paixão.
É cara, o mês não foi fácil, porém, não foi duro.
Percebi que a gente pode amadurecer rápido as vezes, se eu fosse descrever o que é esse processo talvez a analogia com uma escada servisse bem. Teria feito a proeza de subir os degraus de dois em dois, imitando aqueles caras grandes, de pernas enormes, que sobem as escadas do metrô tão rápido [sei que no fundo é inveja, afinal as minhas são tão pequenas...].
Me dei conta também que de vez em quando precisamos ser corajosas, precisamos nos impor, assumir nossos desejos, tentar satisfazê-los [a imaginação ajuda], mas também precisamos ser dóceis, falar manso, mostrar ou fingir uma sinceridade [como quando falar que não importa chorar quando estamos perdendo alguem, temos esse direito].
Minha avó nunca foi alguem que eu gostaria ser, nunca foi uma amiga, mas sempre me ditou as regras do jogo, me fez sentir responsável, me ensinou interpretar os papéis nos momentos certos, e dessa vez, como ela mesmo diz, ela "viu sua vó pela greta", e só dessa vez, desejei ser como ela, forte.
Não posso escrever todas as coisas com as quais estou envolvida, não posso descrever todas as sensações que me passam pelo corpo, que me arrepiam, me deixam sem fala, com olhos doloridos ou inchados, não posso nem ao menos supor que isso seja interessante para alguém, mas de uma forma ou de outra, eu sinto que eu "cresci", sinto que o tempo passou rápido mas o que me aconteceu também foi rápido, por tudo o que passei nesse espaço curto de dias, juro que não pensei que passaria.
Agora de noite, quando tudo está calmo, a gente escuta os ruidos, percebe as sutilezas da vida.